Peruíbe (SP) - História

A história de Peruíbe remonta a 1538 e está ligada à da antiga Capitania de São Vicente e seu donatário Martim Afonso de Souza. A faixa litorânea a que pertence, naquela época era conhecida como Tapirama, que em tupi significa “Região das Aldeias”. Consta em registros antigos que aquela era a única região do litoral que possuía aldeias de nativos quando da chegada dos primeiros homens brancos, sendo também o primeiro local adotado pelos jesuítas para a prática de catequese indígena. Peruíbe tem como principal marco de sua fundação as Ruínas de Abarebebê (nome das ruínas com visitas controladas), a primeira igreja construída no Brasil. Foi lá que se instalou o português Pero Corrêa, que escravizava e vendia indígenas, atividade que só foi suspensa por interferência dos padres José de Anchieta, o pajé Guassú e Leonardo Nunes num naufrágio, os índios Carijós de Cananéia martirizaram Pero Corrêa e seu irmão João de Soza. Apesar de não haver uma tradução segura para o nome da cidade, existe uma versão que diz que quando os portugueses chegavam, os meninos indígenas os saudavam com a expressão “Pero-Yba”, que dizem em Tupi significar “Seja bem vindo”. Peruíbe ainda conta com uma comunidade indígena de aproximadamente 60 pessoas, que mantém as características indígenas somente na gênese antropológica e em seu artesanato. O aspecto habitacional já se descaracterizou, pouco conservando dos costumes indígenas, inclusive a própria língua. Seus produtos artesanais(arcos, flechas, tacapes, zarabatanas, bordunhas, colares, etc) feitos de madeira, bambu, pedras, cipós, ossos, cola de seiva, caapiá, coquinho, são produzidos na própria aldeia e vendidos mas feiras livres e de artesanato na cidade.