Sete Barras (SP) - História

Um espanhol garimpava na região e depois de juntar uma fortuna em ouro resolveu voltar para sua terra. Mas não estava disposto a deixar em Iguape uma parte dela para a coroa portuguesa, pois sabia que lá havia sido instalado um posto de pesagem e recolhimento de tributos. Decidiu então fundir o seu ouro, fazendo com ele sete barras e depois procurou um lugar seguro para enterra-las. Num sítio chamado Goyntâhogoa escondeu o seu tesouro. Aconteceu que, tempos depois, ao voltar para recuperar seu ouro, não conseguiu mais achar o lugar. Procurou até a exaustão e, sem conseguir nada, voltou a Espanha com mãos vazias, deixando no local a lenda das sete barras. Ao lado dessa lenda que pode ter dado origem ao nome de Sete Barras, existe também o fato de a pequena vila se localizava próxima à barra do sétimo afluente do Rio Ribeira de Iguape, a contar de sua foz. Mas, ao certo, sabe-se que a cidade começou com a construção de uma capela dedicada ao Divino Espírito Santo, numa pequena área doada por José Carlos Toledo, à margem do rio Ribeira de Iguape, próximo à barra do rio Etá. Ali existia um local que os índios chamavam de Goyntâhogoa, mas os mineradores que transitam pelo local apelidaram-no de Sete Barras, por causa da lenda do garimpeiro espanhol. O agrupamento de casas virou uma pequena vila que, em 23 de março de 1885 foi elevada a Distrito de Paz. Em 1891, com a criação do registro civil no Brasil, Sete Barras ganha um dos primeiros Cartórios de Registro no país. Em 1920 chegaram os japoneses que se dedicaram à agricultura e, mais uma vez, à exploração do ouro. A emancipação de Sete Barras aconteceu em 1958 depois de forte campanha, e sua autonomia em 18 de dezembro de 1958, pelo decreto 5285.